Hoje, vivemos numa sociedade na qual, para alguns (infelizmente não todos), o casamento entre pessoas do mesmo sexo, a adoção de crianças por casais homoafetivos, a mudança de nome ou retificação de registro por transgêneros, são vistos com naturalidade.
Tais direitos, que foram sendo adquiridos com o passar dos anos, há não tão pouco tempo assim, eram heresia, sob o manto da intolerância e do desrespeito.
Aqueles que defendiam a igualdade, não raro, eram mal vistos no trabalho, na escola, nas ruas e frequentemente, dentro de casa. Muitos morreram para que esses direitos, hoje, existissem. Muitos morreram e morrem simplesmente por se autodeclararem gay, lésbica, transexual, bissexual.
A conquista dos direitos em questão não ocorreria se não fossem aquelas pessoas que levantaram a bandeira multicolorida que representa a liberdade, o amor, e a esperança de um mundo mais justo, igualitário, e livre.
Mas antes que as vozes da comunidade LGBTQIA+ fossem ouvidas, um advogado postulou em juízo o reconhecimento da união estável homoafetiva. Um advogado recorreu até os tribunais superiores para que um casal de dois homens ou duas mulheres pudessem adotar uma criança e formarem família. Um advogado requereu perante um Juiz a retificação de registro por conta da mudança de gênero de seu cliente. Nós, advogados, fazemos parte dessa guerra pela liberdade, que ainda hoje está longe de acabar.
O caminho ainda é tortuoso, íngreme, mas não mais preto e branco. Hoje, é colorido. Sigamos assim.
Por Gabriel Alves da Costa Falaguasta.
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